- Lais Cattassini
O Mundo em Teksto - 14/06
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Voltaremos em julho!
Hong Kong passou por uma semana tensa
Já no domingo as coisas em Hong Kong ficaram tensas. Uma colônia britânica até 1997, Hong Kong tem alguns privilégios que outros territórios chineses não têm. Um desses privilégios é de que cidadãos de Hong Kong não podem ser extraditados para Taiwan ou para a China continental se cometerem crimes. Tampouco podem ser julgados em Hong Kong por crimes que cometeram em outro território. Na semana passada uma representante de Hong Kong eleita graças ao apoio de Pequim apresentou um projeto de lei declarando que Hong Kong não pode ser um refúgio para criminosos e que eles devem, sim, ser extraditados para responder por crimes. O projeto gerou protestos. Muitos temem que a lei possa ser usada para extraditar cidadãos sem motivo, forçando quem mora em Hong Kong a cumprir as rigorosas leis de um regime ditatorial. A discussão do projeto foi adiada, mas novos protestos estão programados para domingo.
Saiba mais:
New York Times - Violência policial deixa governo de Hong Kong na defensiva
Foreign Policy - A Grã-Bretanha falhou com Hong Kong
The Interpreter - Quatro maneiras de a democracia vencer o autoritarismo chinês
New York Times - Protesto demonstra temor por perda de liberdades
Eleições no Cazaquistão geram protestos
O segundo presidente da história do Cazaquistão enfrentou protestos após a sua eleição no domingo. Kassym-Jomart Tokayev foi eleito para suceder o presidente Nursultan Nazarbayev, que estava no poder desde 1991, quando o Cazaquistão se tornou independente da União Soviética. A população que foi às ruas julgou as eleições anti-democráticas, uma vez que Tokayev era o único candidato conhecido e tinha apoio claro do governo. Ao menos 500 pessoas foram presas durante as manifestações.
Saiba mais:
New York Times - No Cazaquistão, 500 são presos em protestos por eleições compradas
Foreign Policy - Eleições compradas no Cazaquistão podem acordar a sociedade civil
Le Monde - Tokayev eleito presidente do Cazaquistão em meio a protestos
Foreign Policy - O segundo presidente da história do Cazaquistão não sabe lidar com protestos
Conflitos continuam no Sudão
Já falamos aqui sobre a situação no Sudão e essa semana as coisas continuaram complicadas. A população continua a protestar contra o exército, que tomou o poder no país. Essa semana, milhões de sudaneses realizaram uma greve geral. Os militares têm respondido com extrema violência, alertando a comunidade internacional para violações de direitos humanos. Centenas de pessoas já foram mortas. Os Emirados Árabes estão negociando com o governo militar e a oposição enquanto Egito e Arábia Saudita tentam influenciar o poder no país. Os Estados Unidos também já enviaram representante para tentar negociar a paz.
Saiba mais:
Foreign Policy - Países árabes fomentam caos no Sudão enquanto os EUA aguardam
The Guardian - Milhões fazem greve no Sudão para tentar remover militares
El País - O grande jogo do Sudão
New York Times - Diplomata americano tenta salvar acordo no Sudão
Uma boa notícia em Botsuana
Na terça-feira Botsuana finalmente descriminalizou relações homossexuais. O amor entre pessoas do mesmo sexo era ilegal desde que o país era uma colônia britânica. Segundo a ONU, Botsuana é o nono país a descriminalizar relações homossexuais nos últimos cinco anos, o que é motivo de celebração. Porém, mais de 70 países ainda consideram relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo um crime. Mais da metade desses países já estiveram sob domínio britânico.
Saiba mais:
AP - Botsuana descriminaliza sexo gay
New York Times - Corte de Botsuana descriminaliza relações homossexuais
New York Times - Uma vitória em Botsuana é um passo contra a corrente na África
O Brasil lá fora…
O Brasil que foi notícia na imprensa internacional
El País - Investigação jornalística coloca em dúvida imparcialidade da Operação Lava Jato
Reuters - Procuradores brasileiros têm dificuldade em responder por mensagens vazadas
Le Monde - Suprema Corte brasileira vai examinar pedido de liberdade de Lula
Le Monde - A revisão do caso Lula
Washington Post - Cesáreas já são moda no Brasil. Agora a moda são festas para assisti-las