A gente piscou e julho acabou. E o mês foi agitado. China e Filipinas inventaram leis antiterrorismo, Etiópia e Bulgária viram protestos e Trump está causando por aí…
E ainda tem Bolsonaro com COVID-19 e as possíveis consequências da pandemia na política global.
Se você também perdeu essas notícias porque estava fazendo pão na quarentena, a Teksto te atualiza!
E que agosto seja mais leve, né? Estamos precisando!
A lei de segurança nacional em Hong Kong e suas consequências
No dia 30 de junho, o governo chinês criou mais uma ferramenta de repressão para os cidadãos de Hong Kong, um território que, pelo menos até 2047, deveria gozar de uma certa independência. A lei foi desenvolvida em segredo pelas autoridades chinesas e aprovada rapidamente. Sob essa nova lei, atos como os protestos pró-democracia que vêm acontecendo em Hong Kong desde o ano passado podem ser classificados como atos terroristas. Além disso, pessoas presas sob essa nova lei serão julgadas na China. As punições incluem até mesmo estrangeiros que declararem apoio aos protestos em Hong Kong. Com a lei, algumas empresas de tecnologia que até então faziam vista grossa para as atrocidades cometidas pelo governo chinês resolveram tomar uma posição, deixando de compartilhar dados com o país.
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Um mês de tensão na Etiópia
O assassinato de um músico ativista na Etiópia motivou uma série de protestos que terminou em mais de 200 pessoas mortas no país. O governo chegou a cortar a internet em todo o seu território na tentativa de controlar as manifestações. Em 2018, a voz de Hachalu Hundessa ficou conhecida por suas canções para empoderar o povo Oromo, o maior grupo étnico da Etiópia. Após os protestos há 2 anos, o primeiro ministro Abiy Ahmed, que também é do povo Oromo, foi eleito. Desde então, o país tem vivido um bom período econômico. Entretanto, a pandemia do coronavírus complicou as coisas. As eleições nacionais planejadas para agosto foram adiadas para o ano que vem.
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Os EUA iniciaram o processo para deixar a OMS
O presidente americano Donald Trump notificou a Organização Mundial de Saúde que os EUA pretendem deixar o orgão em julho de 2021. O país paga cerca de US$ 450 milhões para a OMS, representando cerca de 15% do orçamento do órgão. Em resposta, a China pediu mais apoio à organização, o que alguns veem com preocupação. Com a saída dos EUA, a China ganha mais poder sobre o órgão de saúde internacional. O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos Joe Biden disse que, se eleito, ele irá reverter essa decisão no primeiro dia após a sua posse.
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As Filipinas também aprovaram uma lei antiterrorismo
O “gente boníssima” presidente das Filipinas Rodrigo Duterte aprovou uma nova lei antiterrorismo que dá ao governo poderes para prender pessoas sem mandato ou acusação e sentenciá-los à prisão perpétua. Ameaçar cometer um “ato de terror” nas redes sociais pode levar a 12 anos de prisão. Alguns alegam que a lei serve para tentar controlar as “guerrilhas comunistas” e “militantes islâmicos” que tem agido no país. Apesar de o país realmente sofrer com atos terroristas, existe uma chance alta de que a nova lei seja usada como justificativa para diminuir direitos.
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A pandemia vai provocar conflitos?
Aqui vai aquela dose de otimismo que vocês esperam ao ler o noticiário internacional. Como se o coronavírus já não tivesse arruinado coisas o bastante, existe ainda uma séria ameaça de que novos conflitos apareçam graças às consequências da pandemia. Na Índia, Nigéria e Estados Unidos, grupos extremistas têm usado o vírus como justificativa para atacar minorias. Além de alimentar pensamentos extremistas, a pandemia também deixa um rastro de destruição econômica, o que também pode motivar conflitos.
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A Bulgária enfrenta protestos
Desde 2013 a Bulgária não via uma crise política como a que está acontecendo agora. Manifestantes foram às ruas tentando acabar com o governo de direita do país, que é acusado de corrupção e interferência no sistema de justiça. Os protestos começaram após uma acusação de que uma parte da costa do país foi fechada pelo governo para o uso exclusivo de um empresário.
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A nova guerra fria entre China e EUA
A relação entre Estados Unidos e China já não estava boa e piorou quando o governo americano exigiu o fechamento do consulado chinês em Houston alegando que pretendiam proteger propriedade intelectual. Segundo os americanos, o consulado era usado para enviar espiões chineses a universidades americanas. Em resposta, a China fechou o consulado americano em Chengdu e parece que as coisas vão ficar por isso mesmo por enquanto, já que qualquer piora nesse relacionamento já tenso irá afetar mais ainda a economia dos dois países. As eleições presidenciais americanas em novembro também são motivo para cautela.
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O Brasil lá fora…
Quando Bolsonaro confirmou ter contraído o coronavírus nesse mês, a imprensa internacional respondeu com um sonoro “e daí? Quer que eu faça o quê?”. Mentira, né? Isso seria muita insensibilidade e só alguém muito doente reagiria assim. Mas além da confirmação do diagnóstico, a imprensa noticiou como o presidente brasileiro vem tratando o vírus desde o início da pandemia. O Washington Post até fez uma timeline ilustrativa para quem estiver desacreditado.
O caso Miguel Otávio e a greve dos entregadores de apps também foram destaque na imprensa internacional.
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