A humanidade é ingovernável. Pelo menos é essa a impressão que fica ao ler as notícias dessa semana, que foi intensa para a democracia em praticamente todos os continentes.
Perdeu o que aconteceu na Áustria, quer saber os resultados das eleições na Índia e estava com saudades do caos do Brexit (hahaha, até parece, né)? A Teksto te conta tudo o que houve de mais importante pelo mundo nesta última semana!
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Aqui está O Mundo em Teksto…
Brexit derruba “pior primeira-ministra da história”
Theresa May deixou o cargo de primeira-ministra choramingando, alegando que “fez o melhor que pode” e deixando legado positivo zero. Na terça-feira, May apresentou mais uma versão de seu acordo para o Brexit, dessa vez abrindo a possibilidade de uma participação mais ativa do parlamento nas decisões quanto à saída do Reino Unido da União Europeia e até mesmo considerando a organização de um novo referendo. Para a surpresa de ninguém, a proposta continuou não agradando e a líder da Casa dos Comuns, Andrea Leadsom, renunciou ao cargo. May jogou a toalha hoje pela manhã e ficará no cargo até o dia 7 de junho. O Partido Conservador é quem vai decidir quem será o novo primeiro-ministro. E seguindo a tendência mundial: pior do que está, fica, sim. Basta dar um google em “Boris Johnson”.
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Começaram as eleições para o Parlamento Europeu
Cidadãos da União Europeia - inclusive do Reino Unido - escolherão os novos membros do parlamento europeu neste fim de semana. No Reino Unido e na Holanda a votação aconteceu na quinta-feira. A eleição vai até domingo, quando 28 países irão às urnas. Surfando no sentimento nacionalista presente em diversos países, partidos “eurocéticos” ameaçam conquistar mais assentos no parlamento. Enquanto isso, políticos de centro, como Emmanuel Macron, apelam para os que não aguentam mais o levante populista. Resultados parciais devem ser divulgados no domingo.
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A casa caiu na Áustria
Da série “Imagina se fosse no Brasil”, o governo austríaco passa por uma grave crise. Na sexta-feira passada, a revista alemã Der Spiegel publicou um vídeo no qual o então vice-chanceler Heinz-Christian Strache, do partido de extrema direita FPÖ (Partido Austríaco da Liberdade), oferecia a uma suposta herdeira russa a oportunidade de receber contratos de prestação de serviço para o governo em troca de doações para seu partido. O detalhe: a conversa foi filmada em julho de 2017, seis meses antes de Strache assumir o cargo e antes mesmo de as eleições nacionais serem realizadas na Áustria. Mesmo assim, a gravação causou um escândalo suficiente para ele renunciar ao cargo, fazendo com que novas eleições fossem convocadas para o segundo semestre. Discute-se agora no parlamento a possibilidade de um voto de não-confiança para o chanceler Sebastian Kurz, que repudiou a atitude do seu vice e, de olho nas novas eleições, tenta se distanciar do FPÖ. A novela continua, com repercussões não só nas eleições para o parlamento europeu, como também para demais governos europeus de extrema-direita.
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Finalmente saiu o resultado das eleições na Índia
E Narendra Modi foi reeleito. O processo eleitoral na Índia é longo. Foram seis semanas de votações e só agora a vitória do partido Bharatiya Janata (BJP) foi anunciada. Foi uma eleição histórica, com número recorde de eleitoras mulheres e jovens entre 18 e 25 anos. Com um discurso nacionalista, Modi é mais um exemplo de populista de direita no comando de um grande país. A sua vitória representou um aval para a política em defesa da supremacia hindu, embora outras religiões estejam presentes na Índia.
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Reino Unido perde controle sobre ilha no Oceano Índico
A ONU determinou que o Reino Unido deixe de controlar as Ilhas Chagos, um arquipélago no Oceano Índico que agora deve ser unificado às Ilhas Maurício. A perda do poder é um problema para os Estados Unidos, que tem uma base militar em funcionamento em Diego Garcia, uma das ilhas do arquipélago. Em votação na ONU, apenas cinco países (EUA, Hungria, Austrália, Israel e Maldivas) além do Reino Unido votaram em favor do controle britânico. A decisão foi acompanhada de perto pela Argentina, que vê semelhanças no caso com a situação das Ilhas Malvinas.
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Clarín - Perda das Ilhas Chagos: governo não levará o caso das Ilhas Malvinas para a Corte Internacional de Justiça apesar de caso semelhante (texto publicado em abril)
O povo não aceitou o resultado das eleições na Indonésia
Falamos por aqui sobre as eleições na Indonésia, uma das maiores democracias do mundo, e como o presidente Joko Widodo foi reeleito. O resultado oficial foi divulgado no dia 21 de maio e a população não ficou nada feliz com a vitória de Widodo. Protestos deixaram ao menos seis pessoas mortas e mais de 200 feridos. O líder da oposição, Prabowo Subianto, disse que houve fraude no processo eleitoral e se recusou a aceitar o resultado.
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O Brasil lá fora…
Como a imprensa internacional viu o Brasil essa semana...
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