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Foto do escritorLais Cattassini

O Mundo em Teksto - 22/03

Para os brasileiros a semana foi cheia de reviravoltas. Os acontecimentos que com certeza estiveram no seu radar essa semana aparecem aqui na nossa seção “O Brasil lá fora”.

Mas se você (e o resto do mundo) acompanhou a visita de Bolsonaro aos EUA e a prisão de Temer com atenção, provavelmente deixou de lado algumas das notícias internacionais que trazemos aqui.

Esse é O Mundo em Teksto.



A resposta de Jacinda Ardern  O modo como a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, reagiu ao atentado terrorista que matou 50 pessoas em Christchurch surpreendeu o mundo todo. E de maneira bastante positiva. Jacinda disse que o homem que atirou contra pessoas em duas mesquitas da cidade buscava notoriedade e, por isso, ela não falaria seu nome. Também em resposta ao atentado, a Nova Zelândia baniu armas semiautomáticas e armas de fogo com alta capacidade de tiros. Embora a nova legislação só entre em vigor em abril, alguns cidadãos neozelandeses já entregaram suas armas de forma voluntária.


 

E o Brexit essa semana? Enquanto o resto do mundo segue discutindo coisas mais interessantes, o Reino Unido continua empacado na discussão sobre o Brexit. A União Europeia concordou em estender o prazo para a saída do bloco econômico, mas em vez de esperar até o final de junho, deu ao governo britânico até o dia 22 de maio. Isso se o parlamento aprovar o acordo proposto para Theresa May, que já foi negado duas vezes. Caso o parlamento continue fazendo birra, o Reino Unido tem até o dia 12 de abril para decidir se ao menos participa das eleições para o parlamento europeu, que acontecem entre 23 e 26 de maio. Na quarta-feira a primeira-ministra discursou à população, alegando que é a única pessoa trabalhando em defesa dos interesses dos cidadãos. Em resposta, mais de 3 milhões de pessoas assinaram uma petição para que o governo desista do Brexit. May continua irredutível e afirma que a saída da União Europeia é a vontade do povo.


 

A influência da China na Europa Se o vai e vem das negociações do Brexit já irritam quem assiste de fora, imagine a situação da União Europeia, que tem de lidar com isso enquanto a Itália se rebela. O país europeu deve se tornar o primeiro membro do G7 a se juntar ao projeto da Nova Rota da Seda China. A manobra pode comprometer relações comerciais da União Europeia com os Estados Unidos. A nova Rota da Seda é uma série de projetos de infraestrutura para conectar o oriente e o ocidente, como foi a Rota da Seda no passado. Até o momento a China já conta com o envolvimento de mais de 60 países. Enquanto a Europa se mexe para tentar impedir a influência da China em alguns de seus próprios projetos de infraestrutura, a Itália argumenta que o acordo é puramente comercial e não afeta o bloco econômico.


 

Nicarágua solta presos políticos Para avançar com as negociações de paz, o governo da Nicarágua concordou em soltar os membros da oposição que foram presos desde que um conflito interno começou no país, em abril de 2018. O presidente Daniel Ortega, que está no poder há 12 anos, tem enfrentado protestos violentos desde que anunciou uma reforma do sistema previdenciário. A população passou a pedir novas eleições e foi violentamente combatida. O governo prendeu mais de 700 pessoas desde então.


 

Presidente do Cazaquistão renuncia No poder desde 1989, Nursultan Nazarbayev renunciou ao cargo de presidente do Cazaquistão. Nazarbayev foi era presidente desde que o país se tornou independente, com a queda da União Soviética. A decisão pode ter consequências em uma região um tanto instável e, segundo analistas, tem sido planejada há pelo menos 2 anos, desde que o líder do Uzbequistão morreu enquanto ainda estava no poder. Deixar o cargo de maneira ordenada coloca aliados e familiares em segurança. Nazarbayev continuará no comando das forças de segurança do país e deve ter poder de influência nas decisões do governo.


 

Ciclone deixa Moçambique e Zimbábue em situação crítica A passagem do ciclone Idai deixou mais de 500 pessoas mortas entre Moçambique e Zimbábue. Segundo a ONU, mais de 2 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária. O ciclone atingiu a região na semana passada, mas enchentes criaram um oceano no meio do país, com uma área alagada de 400 km².


 

De olho na Venezuela O governo de Nicolás Maduro prendeu o chefe de gabinete de Juan Guaidó, o líder da oposição que se autoproclamou presidente. Roberto Marrero teve a sua casa invadida de madrugada e é acusado de planejar atos terroristas contra o governo venezuelano. Guaidó disse que a atitude do governo não intimida a oposição, que continua a fazer pressão para que Maduro deixe a presidência. A prisão pode intensificar a situação no país.


 

De olho na semana que vem na Tailândia! A Tailândia realiza as primeiras eleições desde o golpe militar, que aconteceu em 2014. Eleitores irão às urnas no domingo para escolher entre o partido que apoia o regime militar - reelegendo o primeiro-ministro Prayuth Chan-o-cha -, o partido de oposição, ligado ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que foi exilado, ou ainda o partido democrata, tido como neutro e liderado por um outro antigo primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva. A disputa promete ser acirrada.


 

O Brasil lá fora…

Os assuntos relacionados ao Brasil renderam bastante para a mídia internacional essa semana..

Já pensou enviar a seus clientes internacionais notícias sobre o Brasil em inglês? Ou deixar seus parceiros informados sobre o seu ramo de negócios? A Teksto pode te ajudar!


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