Essa semana nas notícias internacionais foi a típica semana que justifica a criação da O Mundo em Teksto.
O nosso objetivo é resumir e simplificar alguns dos mais importantes acontecimentos do mundo e, quando a semana começa com a Venezuela mergulhada em incerteza, a União Europeia tentando driblar os Estados Unidos e os membros do parlamento no Reino Unido em um cabo de guerra quanto ao Brexit, sabemos que a edição da newsletter será intensa.
Aqui está O Mundo em Teksto…
Qual o futuro da Venezuela?
Continuando a pressão para que Nicolás Maduro deixe a presidência da Venezuela, os Estados Unidos impuseram sanções a restrições ao petróleo venezuelano. A estatal venezuelana ficou proibida de lucrar com a venda de petróleo a refinarias americanas e cerca de US$7 milhões em pagamentos foram bloqueados. Juan Guaidó, líder da oposição que se declarou presidente interino na semana passada, se manteve presente na imprensa internacional. Em um artigo para o New York Times, Guaidó explicou sua trajetória política e o plano de ação da oposição venezuelana, defendendo eleições após um governo de transição e pedindo apoio da comunidade internacional. Ao jornal espanhol El País, Guaidó enfatizou que tem o apoio da população e descartou a possibilidade de uma guerra civil. Com a pressão popular, sanções econômicas e o apoio da comunidade internacional, Guaidó espera que Maduro deixe o poder para dar espaço ao governo de transição.
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O cabo de guerra do Brexit continua
A dois meses da saída do Reino Unido da União Europeia, nada acontece feijoada. Na segunda-feira o parlamento concordou em retomar as negociações com a União Europeia. O maior problema do Brexit é a fronteira com a Irlanda, a única fronteira terrestre do Reino Unido com o continente. Para respeitar o acordo feito entre Irlanda e Irlanda do Norte, a fronteira deve permanecer aberta, mas conservadores e políticos pró-Brexit a consideram uma porta de entrada de imigrantes que deve ser fechada. A primeira-ministra Theresa May tem até o dia 13 para renegociar o acordo do Brexit com a União Europeia, mas seu secretário de relações exteriores admitiu que, se a Europa se mostrar irredutível e não for possível chegar a um acordo, o Brexit pode ser adiado, evitando o caos.
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Europa tenta driblar EUA e negociar com Irã
Desde que deixou o acordo nuclear, os Estados Unidos impôs sanções a países que tentassem fazer negócio com o Irã. Foi com esse argumento que a CFO da Huawei foi presa no Canadá. Para evitar que empresas europeias sejam acusadas de burlar sanções e, ao mesmo tempo, preservar o acordo com o Irã, a Alemanha, a França e o Reino Unido criaram um mecanismo que pretende orientar empresas europeias a continuar relações de comércio com o Irã. Inicialmente, o chamado Instrument in Support of Trade Exchange, ou Instex, vai trabalhar com empresas que oferecem materiais essenciais para a população iraniana, como medicamentos, dispositivos médicos e alimentos. Trump, claro, não gostou da solução e, mesmo recebendo informações de seu serviço de inteligência de que o Irã está respeitando o acordo nuclear, disse no Twitter que não acredita.
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Pela 3ª vez em 10 anos, a Itália está em recessão
O PIB italiano registrou queda pelo segundo trimestre consecutivo, o que determina que o país está em recessão. A situação não é nenhuma novidade para a Itália, que vê seu PIB cair há 10 anos. A diferença é que o país está sob um governo conservador que vê a União Europeia com maus olhos. A Itália espera ver na eleições do parlamento europeu um apoio a seu enfrentamento da política fiscal da zona do euro. Culpando a guerra comercial entre EUA e China e outros fatores externos, o primeiro-ministro Giuseppe Conte e sua equipe defenderam o afrouxamento das regras orçamentárias da União Europeia, permitindo que o governo continue com a sua política de corte de impostos e aumento de gastos.
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Aquecimento global leva a tempo extremo nos EUA e na Austrália
Donald Trump diz que não existe, mas o aquecimento global é o responsável pela morte de ao menos 21 pessoas nos Estados Unidos. Temperaturas extremas de até -50 graus Celsius provocaram a morte de pessoas em diferentes estados no Centro-Oeste americano. Em outro extremo, no verão australiano foram registradas temperaturas de 49,5 graus Celsius. A média de temperatura para o mês de janeiro no país foi a mais alta da história. Segundo especialistas, o aumento da temperatura nos pólos contribui para o vórtex polar nos Estados Unidos e para o sistema de alta pressão que está deixando a Austrália mais quente que o inferno.
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O Brasil lá fora…
Como a imprensa internacional vê o Brasil…
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